Política amerindia en Buenos Aires: la marcha de contra-festejo del 12 de octubre como construcción cronotrópica = Política ameríndia em Buenos Aires: a marcha de contracelebração do 12 de outubro como construção cronotrópica = Amerindian politics in Buenos Aires: the counter-celebration march of October 12 as chronotropic construction

A partir de pesquisas realizadas entre 2008 e 2014, defendo que o debate gerado em 1992 – o ano em que os cinco séculos da “descoberta” da América foram comemorados – resultou na reapropriação simbólica do dia em que Cristóvão Colombo teria chegado ao Caribe, fomentando a cristalização de demandas h...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Mardones, Pablo
Format: Article
Language:Spanish
Published: Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS) 2019-01-01
Series:Estudos Ibero Americanos
Subjects:
Online Access:https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/30505/18076
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:A partir de pesquisas realizadas entre 2008 e 2014, defendo que o debate gerado em 1992 – o ano em que os cinco séculos da “descoberta” da América foram comemorados – resultou na reapropriação simbólica do dia em que Cristóvão Colombo teria chegado ao Caribe, fomentando a cristalização de demandas históricas ameríndias. O 12 de outubro tornou-se um dia de reflexão, protesto, reivindicação, manifestação e contracelebração. Através da participação observante da interpretação musical, complementada com a realização de entrevistas, sugiro que, em Buenos Aires – uma cidade imaginada como um enclave europeu –, esse processo levou ao estabelecimento de uma marcha que se manifesta cronotrópicamente: significando a evocação do passado evocado para fins políticos. É a única marcha anual no país liderada por ameríndios – tanto estrangeiros quanto nacionais –, bem como conduzida com “caráter festivo” por músicos, a semelhança do que ocorre nos desfiles festivos nos Andes centrais. Neste cenário, a música de siku (“zampoña”, ou “flauta de pão” centro-andino), é a trilha sonora da construção política ameríndia na cidade, fortalecendo as ligações entre as comunidades migrantes, assim como os nativos atraídos pela dinâmica da reivindicação regional
ISSN:0101-4064
1980-864X