PE-002 Administração segura de medicamentos intravenosos na atenção primária à saúde: promovendo a segurança do paciente

Introdução: A problemática da superlotação e congestionamento dos serviços hospitalares de urgência representa um risco para a Segurança do Paciente por diversos motivos. Uma das estratégias empregadas pelos gestores para manejar essa questão é intensificar o acolhimento à demanda espontânea na red...

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Main Authors: Victor Alfredo Spina Hering, Henrique Leitão Gripp
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia 2025-03-01
Series:Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia
Subjects:
Online Access:https://www.ojs.jaff.org.br/ojs/index.php/jaff/article/view/1099
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Description
Summary:Introdução: A problemática da superlotação e congestionamento dos serviços hospitalares de urgência representa um risco para a Segurança do Paciente por diversos motivos. Uma das estratégias empregadas pelos gestores para manejar essa questão é intensificar o acolhimento à demanda espontânea na rede de atenção primária (APS). Essa situação traz um aumento na demanda por administrações intravenosas de medicamentos. Dessa forma torna-se importante que os profissionais da APS se sintam preparados e habilitados a prescrever, avaliar a prescrição e administrar soluções parenterais considerando os riscos envolvidos na administração intravenosa (cuidados necessários com a diluição, compatibilidade, estabilidade, esterilidade e tempo de infusão) para evitar incidentes assistenciais. Objetivo: Fornecer subsídios para a administração segura de medicamentos intravenosos em unidades básicas de saúde. Material e Método: (i) Foram coletados dados nas seguintes fontes: Handbook of Injectable Drugs, BVS, Stabilis, MedLine e nas bulas dos medicamentos presentes no Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) da RENAME 2022 que podem ser administrados por via intravenosa. (ii) Foi desenvolvida uma tabela de compatibilidade para a combinação binária dos 39 medicamentos apenas considerando compatíveis quando há compatibilidade aditiva e na administração em Y. (iii) Foi desenvolvida uma tabela com valores de concentração máximos e recomendados para a diluição. Resultados: Dados relativos à compatibilidade das combinações dos medicamentos estavam disponíveis para, apenas, 33,7% das combinações binárias: 22,86% são comprovadamente compatíveis, 7,98% são comprovadamente incompatíveis e 2,84% possuem compatibilidade variável em função da concentração e diluente. Conclusões: Existem muitas lacunas de conhecimento em relação à compatibilidade entre medicamentos amplamente utilizados, notavelmente a dipirona por não ser comercializada nos EUA e outros países desenvolvidos. A dipirona é um dos medicamentos mais amplamente utilizados por via intravenosa na assistência à saúde no Brasil e a ausência de evidências acerca da sua compatibilidade em soluções parenterais representa uma grande incerteza no desenvolvimento de referências para a administração segura de medicamentos intravenosos. A seleção de medicamentos do CBAF, que é a principal referência para as relações municipais que determinam a padronização das Unidades Básicas de Saúde, não dispõe de medicamentos intravenosos essenciais para atender situações comuns no acolhimento à demanda espontânea. Considerando a dipirona como um analgésico não há sequer um anti-inflamatório não esteroidal de administração intravenosa na relação e há apenas um anti-emético.
ISSN:2525-5010
2525-7323