Dos “Revús” ao “Mudei”: movimentos ativistas e o processo de democratização em Angola (1990-2022) = From “Revús” to “Mudei”: activist movements and the democratization process in Angola (1990-2022) = De “Revús” a “Mudei”: los movimientos activistas y el proceso de democratización en Angola (1990-2022)

o texto “Dos ‘Revús’ ao ‘Mudei’: movimentos ativistas e o processo de democratização em Angola (1990-2022)” é uma pesquisa que pretende recuperar as memórias dos movimentos ativistas na luta pela democratização em Angola (num exercício de longa ou média duração, olhando a extensão do tempo que vai d...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Miguel, Oliveira Adão
Format: Article
Language:Spanish
Published: Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS) 2024-01-01
Series:Estudos Ibero Americanos
Subjects:
Online Access:https://revistaseletronicas.pucrs.br/iberoamericana/article/view/45505/28844
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:o texto “Dos ‘Revús’ ao ‘Mudei’: movimentos ativistas e o processo de democratização em Angola (1990-2022)” é uma pesquisa que pretende recuperar as memórias dos movimentos ativistas na luta pela democratização em Angola (num exercício de longa ou média duração, olhando a extensão do tempo que vai de 1990 a 2022, altura em que se deu a transição para a democracia constituída por via da nova Constituição), tomando como gênese o ano de 1990, início do processo de democratização com a emergência de movimentos ativistas fora do quadro político-partidário liderado pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), os quais viriam a ser responsáveis por desenhar a nova arquitetura de defesa dos direitos humanos em face da situação do neopatrimonialismo presidencial e partidário (Chabal, 2006; Messiant, 2018). Esse processo se arrastou até o ano de 2010, momento em que formaram-se os novos movimentos ativistas defensores do aprofundamento da democracia, direitos humanos e justiça social, assumidos por jovens nascidos entre 1980 e 2000, moradores de bairros periféricos e pobres, com formação média ou universitária, forjados no movimento hip-hop, influenciados pela imprensa, sobretudo a privada, e sem vínculo político-partidário – embora alguns tivessem familiares vinculados aos partidos políticos tradicionais como o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Eles, como contemporâneos da “Primavera Árabe”, desenvolveram protestos exigindo a retirada do presidente José Eduardo dos Santos. Nosso texto é construído tendo como substrato o diálogo entre a memória e a história do tempo presente dos jovens protagonistas das lutas por reivindicações por direitos civis e políticos na sociedade angolana, bem como as suas variadas interfaces
ISSN:0101-4064
1980-864X