Otite externa maligna: experiência de um centro hospitalar terciário

Objetivos: Descrever a experiência de um centro terciário no tratamento da otite externa maligna (OEM). Material e Métodos: Estudo retrospetivo longitudinal dos doentes internados por OEM, entre Janeiro de 2018 e Dezembro de 2023. Resultados: Foram incluídos 6 doentes, com idade média de 81.7±6...

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Main Authors: Mariana Caetano, Cláudia Rosa, Mariana Correia, João Levy, Tiago Eça, Tomás Carvalho, Diogo Tomé, Leonel Luís
Format: Article
Language:English
Published: Portuguese Society of Otolaryngology and Head and Neck Surgery 2025-03-01
Series:Revista Portuguesa Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Subjects:
Online Access:https://journalsporl.com/index.php/sporl/article/view/2192
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Description
Summary:Objetivos: Descrever a experiência de um centro terciário no tratamento da otite externa maligna (OEM). Material e Métodos: Estudo retrospetivo longitudinal dos doentes internados por OEM, entre Janeiro de 2018 e Dezembro de 2023. Resultados: Foram incluídos 6 doentes, com idade média de 81.7±6.4 anos. O estudo imagiológico incluiu a realização de tomografia computorizada (n=6), complementada por ressonância magnética (n=3) e/ou cintigrafia com tecnécio-99m (n=1). Os sintomas de apresentação mais comuns foram a otorreia (n=6), seguida de otalgia (n=3) e de paralisia facial periférica (n=3). Todos os doentes foram tratados com antibioterapia endovenosa, combinada em 2 casos refratários com oxigenoterapia hiperbárica e cirurgia, respetivamente. A duração média de internamento foi de 39.0 dias, com 2 óbitos. Conclusões: Apesar da melhoria dos cuidados de saúde, a OEM mantém elevados índices de mortalidade e morbilidade. Embora a cintigrafia seja historicamente considerada a técnica gold standard, a TC e a RM têm-se revelado ferramentas úteis de diagnóstico. O tratamento de primeira linha consiste na antibioterapia sistémica, que pode ser complementada com cirurgia e/ou oxigenoterapia hiperbárica nos casos refratários.
ISSN:2184-6499