Evolução no tratamento do carcinoma avançado da laringe: Estaremos a melhorar?

As opções no tratamento do cancro avançado da laringe têm vindo a ser revistas. Estudos populacionais recentes sugerem uma diminuição da sobrevivência nestes tumores, nas últimas duas décadas. Os autores propõem-se rever a evolução do tratamento dos tumores avançados da laringe no Instituto Portugu...

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Main Authors: Miguel Viana, Daniela Correia, João Fernandes, Eurico Monteiro
Format: Article
Language:English
Published: Portuguese Society of Otolaryngology and Head and Neck Surgery 2012-09-01
Series:Revista Portuguesa Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Subjects:
Online Access:https://journalsporl.com/index.php/sporl/article/view/2603
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Description
Summary:As opções no tratamento do cancro avançado da laringe têm vindo a ser revistas. Estudos populacionais recentes sugerem uma diminuição da sobrevivência nestes tumores, nas últimas duas décadas. Os autores propõem-se rever a evolução do tratamento dos tumores avançados da laringe no Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil-EPE (IPOPFG-EPE) entre 1996 a 2007. Foram incluídos no estudo 205 doentes em estadio III ou IV estratificados em dois grupos (doentes tratados de 1996 a 1999 e de 2005 a 2007). Entre 1996-99, 50% dos doentes foram submetidos inicialmente a cirurgia, 29% a Radioterapia (RT), 1% a Quimio-Radioterapia (QTRT) e 20% a Quimioterapia (QT) de indução. Entre 2005 e 2007, 72% dos doentes foram tratados inicialmente com cirurgia, 7% com RT, 11% com QTRT e 10% com QT de indução. Não houve diferenças significativas na sobrevida entre os dois períodos. De acordo com a abordagem terapêutica inicial, nos doentes propostos para tratamento cirúrgico a Sobrevida Global (SG) aos 2 anos foi de 61,1% e nos doentes propostos para preservação de órgão foi de 57,1%. Nos doentes propostos inicialmente para QT de indução, a SG aos 2 e 5 anos foi 41,9% e 16%, sendo significativamente inferior à das restantes modalidades terapêuticas. Nesta revisão não verificamos ter havido uma diferença na sobrevivência entre os dois intervalos de tempo estudados. A correcta selecção dos T4 para tratamento cirúrgico inicial provavelmente justificará a manutenção global da sobrevivência.
ISSN:2184-6499