Influência prognóstica adversa do diabetes mellitus e da hiperglicemia sobre a evolução do infarto cerebral

Em uma série de 109 casos de infarto cerebral comprovado por tomografia computadorizada de crânio, diabetes mellitus esteve presente em 15,6%. Em 86 casos avaliados precocemente foi detectada hiper glicemia em 67,4%, e em 100% de 14 pacientes diabéticos. Houve aumento (não significativo) nas taxas d...

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Main Authors: Charles André, Sérgio Augusto Pereira Novis
Format: Article
Language:English
Published: Thieme Revinter Publicações
Series:Arquivos de Neuro-Psiquiatria
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1992000200002&lng=en&tlng=en
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Summary:Em uma série de 109 casos de infarto cerebral comprovado por tomografia computadorizada de crânio, diabetes mellitus esteve presente em 15,6%. Em 86 casos avaliados precocemente foi detectada hiper glicemia em 67,4%, e em 100% de 14 pacientes diabéticos. Houve aumento (não significativo) nas taxas de letalidade hospitalar precoce - até o 30º dia de internação - de pacientes diabéticos; suas chances de obter alta precocemente, porém, pareceram reduzidas. A evolução de pacientes com hiperglicemia também pareceu pior. Estes pacientes exibiram redução significativa das chances de obter alta hospitalar precoce. O risco de vida pareceu máximo em diabéticos hiperglicêmicos (42,9%). As aparentes diferenças de letalidade e necessidade de internação prolongada entre pacientes não diabéticos, normo ou hiperglicêmicos, não alcançaram significação estatística. Os achados do presente estudo parecem indicar uma somação de efeitos deletérios pela hiperglicemia e pelo diabetes no curso do infarto cerebral. Cabe agora a avaliação crítica da sugestão de que a normalização precoce de hiperglicemia poderia levar a redução do grau de lesão cerebral após AVE isquêmico.
ISSN:1678-4227