UMA LEITURA CRÍTICA DO BINARISMO NAS FÓRMULAS DE SEXUAÇÃO DE LACAN
O presente artigo tem como objetivo realizar uma leitura crítica a respeito das fórmulas da sexuação assim como apresentadas por Jacques Lacan, ao longo dos Seminários 18 a 21, principalmente no que tange sua associação a um binarismo na nomeação de ambos os seus lados, propondo a um deles o título...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
2025-02-01
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O presente artigo tem como objetivo realizar uma leitura crítica a respeito das fórmulas da sexuação assim como apresentadas por Jacques Lacan, ao longo dos Seminários 18 a 21, principalmente no que tange sua associação a um binarismo na nomeação de ambos os seus lados, propondo a um deles o título de ‘homem’ e a outro o título de ‘mulher’. A partir de um entendimento do estruturalismo e do significante, assim como propostos por Lacan, e da construção fundamentada na lógica e na topologia que sustentam tais fórmulas, pretendemos demonstrar uma leitura delas que não se prende a esse binarismo, e que, portanto, pode evidenciarse mais condizente à proposta lacaniana de desessencialização e desontologização, no sentido clássico do termo. Aliado a isso, recorremos a um dos temas que são escritos pelas fórmulas, a inexistência da relação sexual, a qual, como Lacan propõe, vem a substituir o princípio aristotélico da não-contradição para a psicanálise, aparecendo como a impossibilidade de se constituir uma unidade entre o que poderia ser dito de uma essência e de uma existência, cópula nunca satisfeita entre sujeito e significante, restando sempre como não-todo, entendimento que, a partir da lógica da sexuação, pode nos dizer de uma diferença pura, sempre contraditória e paradoxal, dos modos de se constituir o sexual.
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institution | Kabale University |
issn | 1984-8900 |
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publishDate | 2025-02-01 |
publisher | Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
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spelling | doaj-art-0942df08bc7a4f2790aa53423a640b892025-02-05T16:35:30ZporUniversidade Estadual Paulista (UNESP)Kínesis1984-89002025-02-01164110.36311/1984-8900.2024.v16n41.p64-93UMA LEITURA CRÍTICA DO BINARISMO NAS FÓRMULAS DE SEXUAÇÃO DE LACANDanilo Martins Vitagliano0https://orcid.org/0009-0005-7842-1969Mestrando em Filosofia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) O presente artigo tem como objetivo realizar uma leitura crítica a respeito das fórmulas da sexuação assim como apresentadas por Jacques Lacan, ao longo dos Seminários 18 a 21, principalmente no que tange sua associação a um binarismo na nomeação de ambos os seus lados, propondo a um deles o título de ‘homem’ e a outro o título de ‘mulher’. A partir de um entendimento do estruturalismo e do significante, assim como propostos por Lacan, e da construção fundamentada na lógica e na topologia que sustentam tais fórmulas, pretendemos demonstrar uma leitura delas que não se prende a esse binarismo, e que, portanto, pode evidenciarse mais condizente à proposta lacaniana de desessencialização e desontologização, no sentido clássico do termo. Aliado a isso, recorremos a um dos temas que são escritos pelas fórmulas, a inexistência da relação sexual, a qual, como Lacan propõe, vem a substituir o princípio aristotélico da não-contradição para a psicanálise, aparecendo como a impossibilidade de se constituir uma unidade entre o que poderia ser dito de uma essência e de uma existência, cópula nunca satisfeita entre sujeito e significante, restando sempre como não-todo, entendimento que, a partir da lógica da sexuação, pode nos dizer de uma diferença pura, sempre contraditória e paradoxal, dos modos de se constituir o sexual. https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/15972PsicanáliseJacques LacanFórmulas da sexuaçãoNão há relação sexualSexualidade |
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