Análise de Sobrevida e Fatores Associados a Mortalidade em Portadores de Insuficiência Cardíaca na Coorte ELSA-Brasil

Resumo Fundamento A insuficiência cardíaca (IC) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Poucos estudos avaliaram a sobrevida e fatores prognósticos de pacientes com esta condição frente aos avanços terapêuticos das últimas décadas. Objetivos Descrever a sobrevida, possív...

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Main Authors: Ana Paula de Oliveira Lédo, Sheila Maria Alvim Matos, Maria da Conceição Almeida, Luciana Pereira Fernandes, Roque Aras
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 2025-06-01
Series:Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2025000600304&lng=pt&tlng=pt
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Summary:Resumo Fundamento A insuficiência cardíaca (IC) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Poucos estudos avaliaram a sobrevida e fatores prognósticos de pacientes com esta condição frente aos avanços terapêuticos das últimas décadas. Objetivos Descrever a sobrevida, possíveis fatores associados a mortalidade e características clínicas dos participantes com IC do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Métodos A coorte acompanhou 15.105 participantes, entre 2008 e 2023. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas, exames laboratoriais, eletrocardiograma, ecocardiograma bidimensional, hábitos de vida, comorbidades e tratamento medicamentoso. A probabilidade de sobrevida foi estimada através das curvas de Kaplan-Meier e testes de log-rank. Modelagem de regressão de Cox, permitiu calcular as Hazard Ratios (HR), brutas e ajustadas, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Utilizou-se o critério de significância p<0,05. Resultados Durante a etapa de inclusão, foram selecionados 251 participantes com diagnóstico de IC (2008-2010). No período aproximado de 12,3 anos de acompanhamento, 48(19%) faleceram. A sobrevida global dos participantes com IC nos 2, 6, 10 e 12,3 anos de seguimento, foi de 96%, 89%, 82% e 80% respectivamente. O risco de mortalidade foi 4,5 vezes maior (HR:4,46; IC95%: 3,3–5,9) em comparação com o grupo não acometido, (p<0,01) e mesmo após a aplicação de modelo ajustado, o risco de mortalidade permaneceu duas vezes mais elevado, (HR:1,77; IC95%:1,3–2,4). As variáveis associadas a pior prognóstico foram: sexo masculino, idade avançada, disfunção sistólica (FEVE<45%), hipertensão arterial, diabetes mellitus e doença renal crônica. Conclusão Encontramos elevada mortalidade em participantes com IC na coorte ELSA-Brasil.
ISSN:1678-4170