Gerenciando a coexistência: uma comparação entre mulheres e homens no trabalho de agentes prisionais

Resumo O objetivo deste artigo é compreender como as(os) agentes penitenciárias(os) percebem sua relação com as(os) presidiárias(os) e desvelar se o sexo influencia essa percepção. Para tanto, foram analisados 1.525 questionários on-line autoaplicáveis, respondidos entre 2014 e 2015, por uma amostra...

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Main Authors: Isabela Cristina Alves de Araújo, Ludmila Ribeiro
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Getúlio Vargas, Escola de Direito 2023-02-01
Series:Revista Direito GV
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322023000100207&lng=pt&tlng=pt
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institution Kabale University
issn 2317-6172
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spelling doaj-art-01bb2bd684824bc7923a06285918f1022025-02-03T06:28:34ZengFundação Getúlio Vargas, Escola de DireitoRevista Direito GV2317-61722023-02-011910.1590/2317-6172202308Gerenciando a coexistência: uma comparação entre mulheres e homens no trabalho de agentes prisionaisIsabela Cristina Alves de Araújohttps://orcid.org/0000-0002-2526-4825Ludmila Ribeirohttps://orcid.org/0000-0003-4304-2254Resumo O objetivo deste artigo é compreender como as(os) agentes penitenciárias(os) percebem sua relação com as(os) presidiárias(os) e desvelar se o sexo influencia essa percepção. Para tanto, foram analisados 1.525 questionários on-line autoaplicáveis, respondidos entre 2014 e 2015, por uma amostra de agentes penitenciários de Minas Gerais (333 mulheres e 1.192 homens); e 23 entrevistas semiestruturadas com profissionais que atuavam na Região Metropolitana de Belo Horizonte (13 homens e 10 mulheres), realizadas entre os anos de 2016 e 2018. Os resultados indicam que o sexo não tem influência significativa na forma como as(os) agentes penitenciárias(os) percebem o seu trabalho e interagem com as(os) detentas(os), uma vez que há homogeneização das experiências no cotidiano profissional. Há uma ênfase exagerada na virilidade, característica que tende a ser assumida também pelas mulheres, dado o entendimento de que a profissão é eminentemente masculina, o que demandaria uso da força e rispidez para garantir a obediência das(os) internas(os). Como são valorizados atributos associados ao universo masculino em uma perspectiva tradicional dos papéis de gênero, homens e mulheres tendem a se comportar da mesma maneira.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322023000100207&lng=pt&tlng=ptAgentes penitenciáriosanálise comparativasexosistema prisionalrelacionamento
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